
Mas nascer não basta, é preciso ter uma
vestimenta pra deixar a maternidade das lavras. Daí entra a figura do músico
Rodrigo Rocha, que além de tocar em vários lançamentos também criou a arte da
capa. O objetivo era deixar a coisa menos linear possível, já que eram poemas
escritos dia a dia, durante um mês e... Enfim, decidi por não procurar nenhuma
editora, fazendo uma edição que eu pudesse participar desde a feitura e revisão
até a diagramação e montagem das cópias. Assim foi. O resultado ficou lindo: um
livro de folhas soltas [quebrando com a tal linearidade que eu não queria],
envoltas em um envelope [como cartas sem destinatário] e um desenho condizente
na capa [matriz e tinta, na base do grafite]. Foi gratificante produzir todo o
livro e crucial para a minha própria compreensão enquanto escritora. Afinal, o
que é um livro: conteúdo ou o material?
Depois de parir foi o momento de mostrar
ao mundo o filho com cara de joelho, mas que com o tempo ganha forma [e vida
própria]. O primeiro passeio foi na CasAbsurda, em um pré-lançamento, com
música e poesia. Depois foi a vez de ganharmos o OnzeBar, do também poeta Knorr, com vários amigos lendo seus textos, levando seus versos para roda. Na última aparição, O tal setembro, ganhou a orla carioca, se lambuzou de bronzeador e
esteve no Labirinto Poético, na Cidade das Artes, dentro do evento FLIZO [Festa
Literária da Zona Oeste do Rio de Janeiro]. Estive com meu amigo Lucas Viriato,
e mesmo que não houvesse livro já estaria com o ano ganho! Assim, como eu
costumo dizer, a poesia me trouxe muito mais que versos, métricas e afins.
Ganhei muitos amigos e pessoas que compartilham a mesma aflição! Que venham
outros setembros, outubros, novembros, dezembros...
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